A POESIA - III...EFEMÉRIDE...
foto tirada da net
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em volta de si próprio
o poeta e a flor
perfume vermelho de rosa
dentro do olhar sóbrio
que lança fogos de amor
sobre a ninfa amorosa
desce a noite que tarda
em si mesma amanhecer
no coração ansioso
o poeta veste a farda
esgrime a pena o saber
em busca de si zeloso
então grita e desperta
de dentro da alma o sentido
de ser angústia conflito
ao manter janela aberta
de preconceitos despido
sem ver na pena o delito
à mesa serve o repasto
convoca deuses e sábios
talvez lauta a refeição
afaste o mal tão nefasto
e um sorriso nos lábios
lhe inocente a razão
porquê eu poesia?
leio em teus versos o pasmo
se em toda a vida a lisura
condenei a hipocrisia
espicacei o marasmo
não saio da morte sem cura
jrg