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BIOCRÓNICAS

CRIAR BIOGRAFIAS OU CRÓNICAS ROMANCEADAS DE PESSOAS OU EMPRESAS

BIOCRÓNICAS

CRIAR BIOGRAFIAS OU CRÓNICAS ROMANCEADAS DE PESSOAS OU EMPRESAS

25
Dez10

AMO O TEMPO QUE FAZ

romanesco

 

 {#emotions_dlg.redflower}{#emotions_dlg.blueflower}

quando o vento sopra de sudoeste
dizia o meu avô de olhos semicerrados
é tempestade o mar se torna agreste
faíscam raios soam trovões amedrontados

*

na rua pessoas correm desnorteadas
dizem palavras obscenas do tempo que faz
seja vento chuva ou sol abençoadas
são as que vivem do tempo serenidade paz

*

uns amam o sol tórrido estorricante
na praia os corpos desnudos a água parada
outros adoram a invernia exaltante
mar cavernoso inundações a terra amassada

*

há os que se deliciam triste Outono
árvores despidas da folhagem envelhecida
e os que vibram na Primavera ozono
clima cheio de doce amor paixão apetecida

*

se tempo fosse afim da humana consciência
se repartisse em lotes climatizados
ainda assim haveria a atroz impaciência
por desejos que amiúde são trocados

*

habituei-me a saudar embrulhado n'alegria
qualquer que seja o clima anunciado
sou eu que opero em mim constante a magia
de amar no tempo o acaso esperançado

*

digo bons dias ao sol esplendoroso
boa tarde vento frio e à chuva fascinante
boa noite ao cosmos negro vaporoso
no desejo de ser de todos os tempos amante

 

jrg

01
Dez10

LUA RUBRA SEM PUDOR

romanesco

 

imagem fotográfica da autoria de: ESMI BAÚTO

{#emotions_dlg.redflower}

 

LUA RUBRA SEM PUDOR

{#emotions_dlg.bouquete}


vermelho lunar
a paixão
os teus olhos amar
a emoção

***

e deste mote enfrento o clarão
a chama o fogo a negritude
a lua vermelha de amor paixão
momento sublime quietude

**

vejo a sensivel alma da artista
o súbito olhar que a cobiça
estremece o corpo apura a vista
na lua em fogo onde se fixa

**

sinto nela uma emoção explosiva
apaixonada no silêncio grita
lá dentro da alma onde se aviva
a chama do amor que a agita

**

embrulhadas na noite doce manto
estrelas sorriem cintilantes
à alma bela que quebrou encanto
abrindo segredos aos amantes

**

doravante lua e sol apaixonados
sinónimo de homem de mulher
serão na noite escura sublimados
sempre que alma pura quiser

**

autor do poema:jrg

16
Nov10

A EXPULSÃO DO MEDO

romanesco

 

 

 

hoje entramos na casa da solidão
homens e mulheres de olhos ausentes
meninos meninas que brincam quietos
são aspectos da vida em contra-mão
existências sem alma sobreviventes
aspiram amor que os tornem despertos

mulheres vencidas pela violência
desatados os nós efémeros da relação
deambulam em círculos de indiferença
à espera sem norte duma evidência
duma magia no limite da sua razão
levamos amor esperança e luz intensa

homens soberbos tolhidos de medos
desemprego a doença sonhos desfeitos
omitem insuficiências culpam a sorte
cansados da orgia guardam segredos
longe do mundo sofrendo os efeitos
levamos amor a luz a estrela do norte

meninos meninas de olhar diferente
nascidos de amores tão mal acarinhados
já não inventam jogos senis brinquedos
por todo o mundo são o mar de gente
que alimenta hipócritas despudorados
levamos amor sorrisos espantamos medos

um instante longo milhões de amores
um alarido sem fim suave e doce aurora
cessou denso mistério toda a melancolia
homens mulheres e crianças de flores
vencido o estigma indo o medo embora
de amor vestidos por pétalas de poesia

autor: jrg
06
Out10

HÁ UM PERFIL DA EXISTÊNCIA e OUTRO DA ESSÊNCIA...

romanesco

 

trabalho de Alexandra Mesquita

{#emotions_dlg.bouquete}

 

existe em todas as coisas
nos actos nas palavras e nas pessoas
como numa moeda as duas faces
nos objectos estáticos onde os olhos poisas
nas frases floreadas onde te ressoas
mas é no rosto que se evidenciam as nuances

se a obra de arte em espelho simplifica
mais que um olhar atento à realidade
a amplitude do gesto a expressão
o lado direito e o esquerdo que mistifica
a unidade do ser ao centro de ser verdade
por mais que se pinte a alma o coração

visto de frente o rosto meigo bondoso
como uma flor de que não vimos o inverso
do lado esquerdo o perfil concordante
mas se o direito ao sorrir for tenebroso
a extremidade dos lábios o vinco adverso
é porque a alma ferida está agonizante

que linda beldade ali vai diz alguém
os olhos recortados nas pálpebras sombrias
os lábios carregados de vermelho
mas quando fala ou sorri muda também
se eram falsas na alma as alegrias
se as atitudes careciam de estudo ou aparelho

o que me fascina na obra da artista
mais que a teia onde encaixa e mede a amplitude
é o sentir na alma dela esta evidência
nas pessoas não há forma de ocultar que resista
à expansão do carácter na atitude
seja qual for a medição da aparência


autor:jrg

 

30
Set10

DEMÊNCIAS...

romanesco

 

foto:pnb.blogcindario.com

 

 

***

quando o homem se revê

do lado da anormalidade

sem respostas ao porquê

da normal insanidade

 

é louco passou-se maluco

tem total impunidade

sorrateiro só toma o suco

passeia-se pela cidade

 

ninguém sabe o que pensa

se na dimensão da mudança

o louco tirou avença

para ser sempre criança

 

ser na loucura mutante

todo o mal que subsiste

não é do louco aviltante

mas do normal que existe

 

o poeta quase doido e pensativo

olha com estranha doçura

o gesto o tique depressivo

da insane criatura

 

pensa nos loucos do mundo

condenados ao degredo

vivos em coma profundo

apenas porque temos medo

 

desta selecção anormal

ser louco não é certeza

é até bem natural

seja louca a natureza

 

autor:jrg

19
Set10

ABISMOS DA POESIA

romanesco

poetas são loucos finos
inventam a fantasia
guerreiros inda meninos
abismos da poesia

poetisa de alma sensível
em verso cheio de luz
qual militar sendo cível
lança poemas seduz

cantam de musas amores
sonham imortalidade
poetisas sábios rumores
no ventre da verdade

trago um cálice de vinho
para a orgia da ceia
não quero rimar sozinho
antes preso a tua teia

poetas são anjos desgraça
travam rixas graciosas
não escolhem arma ou praça
calam musas preciosas

que fazer perante a poesia
se a alma sente e gera
palavras agri-doce maresia
amores do corpo à espera

quem na humildade se esmera
e na poetisa se arrima
tem alma poética e pondera
sublima-la em obra prima

Autor: J.R.G.



07
Set10

APETECE...

romanesco

o que apetece
é gritar...
a nossa imperfeição
a soberba
a ganância sem freio
a estulticia
a mentira servil
o segredo
o silêncio forjado

o que apetece
é sorrir
quando nos atropelam
quando nos humilham
quando nos descartam
quando nos prendem
quando nos julgam
se nos omitem
se nos afrontam

o que apetece
é amar
as irregularidades do corpo
as plantas
as flores
as almas amigas
as montanhas
os rios os mares
os animais todos

o que apetece
é viver
simples como a formiga
simples como o vagabundo
simples como o sol
simples como o vento
simples como o fogo
ou a água que escorre
ou a terra que gira

o que apetece
é dizer
não à sórdida riqueza
não à luxúria
não à inveja à gula
não à cobiça
não à fome de saber
não aos preconceitos
não a todos os poderes

o que apetece
é cantar
sempre no silêncio
sempre no medo
sempre no nó da angústia
sempre no degredo
sempre no desespero
sempre que a alma fuja
sempre que o corpo enlouqueça

o que apetece
é olhar
com sentido de entender
com conhecimento
com humildade de aprender
com o gosto de interpretar
com o prazer do belo
sem filtros perversos
sem condenar

autor: JRG

24
Mai10

O NOIVO E ALBA...o pintor e o poeta

romanesco

 

{#emotions_dlg.orangeflower}{#emotions_dlg.blueflower}

 


O noivo figura típica de Lisboa


O Alba imagem erradia de Braga


Subindo a calçada do Carmo


O pintor


Calcorreando ruas e tabernas


Filósofo da poesia que encontra nas pessoas


A barba hirsuta sorriso afável


O poeta


Os basbaques no chiado gritavam


Lá vai o maluco de fraque


E rosa vermelha fresca na lapela


É pintor


Houve até uma mulher


Jovem ainda que se apaixonou pelo vagabundo


E quis recuperar a poesia


É o poeta


Blasfemava obscenidades


Os olhos chispavam de ira ante a risota


Passada firme subia o chiado


Louco pintor


Fazia versos doces piropos


E um sorriso por entre os pelos queimados


Morreu atropelado sem apelo


Era poeta


Deixou de aparecer de repente


Também as vendedeiras de violetas


O chiado ensandeceu sem cor


Era pintor



Autor: JRG

23
Mai10

NO MEU JARDIM

romanesco

no meu jardim não há estufas

as plantas crescem rasteiras e em altura

as flores de aromas e cores difusas

são mimos de luz que sublimam a natura


aves canoras cruzam em voos rasantes

abelhas zumbem à volta meladas

ouço suspiros dos lábios almas amantes

fluem sorrisos amplas gargalhadas


no meu jardim sou o jardineiro

arranco ervas daninhas rego com esmero

para todas um gesto amigo sou delas inteiro

se me enganam vacilo no desespero


na doce brisa na chuva ou no vento forte

se caem pétalas descuidadas

dói-me no brio de ter sido fraco ao norte

choro por elas abandonadas


no meu jardim cuido bem delas

se estão doentes e temo que se apaguem

velo por elas vou na madrugada sob estrelas

espero o Sol que elas aquecem


sinto em elas o odor e a ternura

fluidos de ânsias gozos orvalhos dissabores

sou jardineiro que a flor apura

no meu jardim guardo os meus amores


autor:JRG

10
Mar10

PAQUETÁ - A EPOPEIA...

romanesco

A Ilha bela pura e mítica

Onde os poetas anseiam a musa sibilina

Lugar de culto da ideia idílica

Onde a poesia me chama eterna feminina

 

Em cada esquina há um poema que espreita

A brisa mansa que ondula a sombra

Reflexo deslumbrante de folhas de palmeira

Em cada rua seja larga ou estreita

Há um tapete de versos em estrofes na penumbra

Que o sol no ocaso projecta à nossa beira

 

 A sensualidade do corpo estendido na rede que balança

A poetisa soletra sílabas para versos de soneto

A alma transparente como se fora uma criança

Os lábios em surdina sensuais na doçura do dueto

 

Tão perto que me cheira a poesia

O mar azul-marinho a água cristalina

Por entre o verde luxuriante do arvoredo

Ouvem-se sons de odes etérea sinfonia

O marulhar das ondas a vida submarina

A lírica que canta do amor o seu enredo

 

 Vivia aquela gente boa na paz do seu recanto

Longe de pensar tesouro tão evidente

Mantendo em seu reduto a alma num quebranto

Até que a poesia lhes abanou a mente

 

Na ilha da poesia a Paquetá

Há versos que se soltam do bico das aves

E rimas consonantes na harmonia

Poetas que suspiram livres de etiqueta

Cheiros da sudação da alma em euforia

Rimando na maresia sem entraves

 

Vista de longe o casario como eu a vejo

Paquetá pode até parecer uma utopia

Que renasce esplendorosa em cada beijo

Quando o poeta a abraça na alma e rodopia

 

No dégradè das cores encarniçadas

Que o sol projecta quando cai sobre o  poente

Há um prenúncio de amor em primazia

E pode ler-se a epopeia das almas empenhadas

Que vão fazer de Paquetá a ilha de quem sente

A Paquetá lugar de culto à poesia

 

Autor: JRG

 

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