FLORBELA...NATÁLIA...SOFIA...
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FLORBELA...NATÁLIA...SOFIA...
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Florbela Natália Sofia
tão maiores que não chega o pensamento
estranho mundo as esqueceu
nas efemérides apressadas de um só dia
mulheres à frente do acontecimento
poetisas do amor nas noites frias de breu
tanto de mim nelas havia
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Florbela Espanca a grandeza
de poemas e sonetos o pensar a ousadia
de sendo mulher se libertar
do jugo másculo a milenar vil tibieza
soltando asas libertando poesia
amante insubmissa tão de tanto se sonhar
na ampla planície a natureza
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Natália na ilha dos amores
ninfa plena infinita de atitude feminina
a poetar se consagrou à vida
cantou a MÁTRIA ou mãe entre flores
amante sensual e libertina
confrontando o tempo adverso sem medida
mulher sem medo e sem favores
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Sofia a arte meu encanto
do ser mulher e mãe de tanta boa gente
a melodia ou lisura do mar
onde o poema se branqueia em riso e pranto
e a alma manifesta o que mais sente
uma mulher que de tão grande eu ouso olhar
escondido na sombra do seu manto
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Sofia Natália Florbela
depois delas o mundo masculino estremeceu
não se é dono de nada nem de ninguém
o meu corpo é a minha emoção e eu sou nela
o ser que se liberta porque amanheceu
onde todos os dias se celebra a "deusa" e mãe
bem-vindas ao lugar da janela
autor: jrg
sinto-me:
romântico

música: Sagração da Primavera...