27
Out11
CONSTANÇA...
romanesco
CONSTANÇA
*
*
quando a vejo tão mimosa
passo miúdo alegria
corpo esguiu tão abundante
no seu olhar graciosa
embrulhada num sorriso poesia
de poema vicejante
sinto a emoção do ser belo
tão ainda criança
que se desprende do medo
disputando sem apelo
amarinha escadas avança
desfaz emenda o enredo
por onde esta vida me enleia
miudinha quase aranha
faz doer de tanto encantamento
na minha alma plebeia
toca e sobe se no descuido me apanha
profunda no pensamento
lá vem inundada de beleza
o parque é dela
joga a bola faz comidas
escorrega com leveza
no olhar que me interpela
arrisca e faz partidas
temos um pacto em segredo
é dela a primazia
que me norteia a nova esperança
ao vê-la vencer tão cedo
mimo a rota crio feliz a fantasia
e digo bom dia Constança
autor: jrg