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foto tirada da net
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em volta de si próprio
o poeta e a flor
perfume vermelho de rosa
dentro do olhar sóbrio
que lança fogos de amor
sobre a ninfa amorosa
desce a noite que tarda
em si mesma amanhecer
no coração ansioso
o poeta veste a farda
esgrime a pena o saber
em busca de si zeloso
então grita e desperta
de dentro da alma o sentido
de ser angústia conflito
ao manter janela aberta
de preconceitos despido
sem ver na pena o delito
à mesa serve o repasto
convoca deuses e sábios
talvez lauta a refeição
afaste o mal tão nefasto
e um sorriso nos lábios
lhe inocente a razão
porquê eu poesia?
leio em teus versos o pasmo
se em toda a vida a lisura
condenei a hipocrisia
espicacei o marasmo
não saio da morte sem cura
jrg
poetas são loucos finos
inventam a fantasia
guerreiros inda meninos
abismos da poesia
poetisa de alma sensível
em verso cheio de luz
qual militar sendo cível
lança poemas seduz
cantam de musas amores
sonham imortalidade
poetisas sábios rumores
no ventre da verdade
trago um cálice de vinho
para a orgia da ceia
não quero rimar sozinho
antes preso a tua teia
poetas são anjos desgraça
travam rixas graciosas
não escolhem arma ou praça
calam musas preciosas
que fazer perante a poesia
se a alma sente e gera
palavras agri-doce maresia
amores do corpo à espera
quem na humildade se esmera
e na poetisa se arrima
tem alma poética e pondera
sublima-la em obra prima
Autor: J.R.G.
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