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BIOCRÓNICAS

CRIAR BIOGRAFIAS OU CRÓNICAS ROMANCEADAS DE PESSOAS OU EMPRESAS

BIOCRÓNICAS

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14
Nov21

TRAGÉDIA HUMANITÁRIA

romanesco
 

tragédia humanitaria 0.jpg

fotos públicas tiradas da net

tragédia humanitaria 1.jpg

tragédia humanitaria 2.jpg

 

TRAGÉDIA HUMANITÁRIA
*
a ganância projectou a derrocada
disseminou o caos
desequilibrou o periclitante equilíbrio
e deixa encurralada
gente como nós e crianças somos maus
se permitimos o livre arbítrio
*
ouço os gritos aflitos tão dilacerantes
de dor de frio e de fome
de pessoas jogadas como armas ofensivas
por mentes indignantes
importadas por criminosos com nome
ante olhadelas permissivas
*
o homem o maior predador do planeta
prepara mais uma façanha
o genocídio da mulfidão desesperada
ante a passividade de quem lamenta
sem poder para travar a artimanha
dos obscuros domínios da desumanidade assanhada
*
apelo à consciència pura da Humanidade
porque estamos perante o abismo
desenraizados de Paz de Amor
na ilusão de escravos plenos de liberdade
feridos de indiferença e egoísmo
que cesse em todo o mundo este terror
*
o clima transborda provocante o ódio avança
ou sustemos a agressividade
todos juntos cada povo a activar a consciência
por Amor que seja duma criança
ou resvalamos no vácuo da infelicidade
embrulhados na nossa demência
*
que o meu grito perfure a insensibilidade
dos insidiosos poderes ocultos
que numa dinâmica absurda dominam o mundo
porque sou Humano salvemos a Humanidade
e toda a fauna e flora quero ouvir os vossos gritos
num só grito mais profundo
jrg
fotos públicas tiradas da net
22
Dez13

N A T A L...

romanesco
*
NATAL
*
é natal
o meu coração fica gelado
quando ouço uma criança
_mãe quero pão
e a mãe esconde a lágrima
encolhida no silêncio
*
é natal
já foi a ceia dos sem abrigo
um dia em cada ano frugal
depois volta 
o céu aberto o frio a disputa
por um lugar sem ruído
*
é natal
já não caem pássaros em dezembro
porque já não há pássaros
e o frio teima em bater à porta
dos desempregados
por uma nesga de ruína
*
é natal
cai a neve na montanha
gente feliz aquecida
poderosos sem porquê da abundância
riem tecem planos de ganância
rasgam silêncios entre os despojos
*
é natal
em honra de um deus menino
que devia justiçar
chovem presentes escasseia pão
arde o fogo na lareira
tiritam de frio os sem teto
jrg
22
Set13

DEUSA DA CRIAÇÃO (artº21)

romanesco

 

 


**

DEUSA DA CRIAÇÃO (artº21)
*
tem nos olhos um esplendor
que se propaga ao sorriso
tornando o rosto em redor
luz do amor que eu preciso
*
não tem riscos no sobrolho
nem os lábios escarlate
não é na idade um escolho
está na frente do combate
*
não veste roupas da moda
nem sapato salto alto
sendo bela magra ou gorda
alma sombra no asfalto
*
calca com os pés de miúda
a submissa condição
e ergue as mãos tão graúda
bramando indignação
*
sendo mulher tem firmeza
sendo ser a autoridade
para abolir toda a tristeza
que há na humanidade
*
digam bom dia à mulher
sempre que ela passar
um sorriso um bem-me-quer
numa doçura de olhar
*
se for mãe é bem maior
o símbolo da criação
nenhum homem sabe a dor
de ser causa sem razão
*
que parem de a violentar
amantes dela a fingir
que gozam por a ver chorar
se a dor a não deixa sorrir
*
não é do amor pertença
é livre de o soletrar
mulher pura por avença
não é feliz se casar
*
se é deusa mulher criadora
origem da humanidade
todo o ser que a ela adora
cante a sua liberdade
*
eu canto em quadras loucas
a toda mulher resistente
sejam muitas sejam poucas
fazem o mundo diferente
*
correm alegres belas sadias
inebriadas de odores
entoam vibrantes sinfonias
tocam pétalas de flores
*
são ventos da nova história
varrem poeiras antigas
libertam penas memória
organizadas formigas
*
quem lá vem é M de Mulher
de Mãe e de aMante
é Deusa símbolo do querer
amar amor e garante
*
vem formosa e vem segura
que é livre consciência
espalha abundante ternura
cultiva arte e ciência
*
do cosmos trás a semente
da nova civilização
nova ordem p'ra toda a gente
sem cobiça nem ladrão
*
não havendo o que roubar
se cada um tiver pão
não há ganância a medrar
da pedra do coração
*
cessa enfim a mordomia
de dividir p'ra reinar
nem lucra de economia
a usura milenar
*
quem lá vem F de Feminino
trás no bojo a virtude
de conhecer seu destino
que transforma em atitude
*
não traz sexo nos olhares
nem no sorriso volúpia
tantos beijos são milhares
sem medo da tirania
*
que viva mulher para sempre
o ser mais belo do mundo
só a teme quem não cumpre
a regra do amor profundo

jrg

24
Ago13

A ARTE DA LINGUAGEM POÉTICA E O CAOS!

romanesco
meu sonho de ser poeta...
*
A ARTE DA LINGUAGEM POÉTICA E O CAOS!
**
o poema é
uma partícula de poesia
em construção
se tiver rima que sustente a fé
ergue-se na fantasia
de ser um monumento à abstracção
*
o verso é
o arcaboiço in do poema
na sua evolução
que marca o ritmo à melodia em rodapé
na sílaba sem algema
recheado pelo vigor da emoção
*
a poesia é
a palavra emotiva em movimento
num toque cristalino
corrente de fonemas vindos do sopé
numa espiral de tempo
que se alimenta do belo e do feminino
*
a lírica a tragédia
a farsa o drama a ode e o soneto
a sílaba tónica e a poética
a musa encanto do poeta à vezes arredia
a pena feita dum graveto
conjugando o verbo e o sujeito à ética
*
a arte maior de dizer
marcando o som e o tom da circunstância
a expressão do corpo a sinalética
que há em cada verso inverso ao poder
que abomina a fragrância
exalada pela rima que foge à sua métrica
*
eis o que sinto sendo
a expressão de comunicar tão sem segredo
o enigma da alma humana
racionalizando a emoção escrevo dizendo
que a poesia não tem medo
se fala com verdade à mente insana
*
falar d'amor sensualidade
da insurreição da alma em pensamento
do belo que há na natureza
cantando o homem e a mulher sem idade
dentro dum meio em linchamento
cuidando de salvar o que exista de beleza
*
que ninguém diga "não sabia"
da morte do amor às mãos tirânicas
sendo a morte irreversível
amar é tudo o que o poema diz à poesia
mesmo que sejam lunáticas
as rimas que amam até o impossível
*
o que é ser poetisa
ou se quiserem no limite do tempo ser poeta
um superego ou fanatismo
cheirando a mar e vento ou simples brisa
que a palavra embala ou inquieta
se não for a força que nos tira do abismo
*
há forma mais bela de morrer
que embrulhado em pétalas de pura poesia
há! é honrar a arte de pensar
e estar na frente de combate que é dizer
pintando de verdade a fantasia
dos que não querem ver o mundo a definhar
**
jrg
06
Jul13

SE FOSSE...MAS NÃO ERA...ERA TÃO SÓ

romanesco

*

SE FOSSE...MAS NÃO ERA...ERA TÃO SÓ
***
se fosse
apenas uma brecha
a abrir fenda
na velha constituição
se fosse
apenas um bando criminoso
a destruir um país
condenando um povo à servidão
se fosse
apenas uma pausa para pensar
refrescar pensamento
a retomar a rota da evolução
se fosse 
apenas um pesadelo
saído dum sonho
para despertar a consciência
se fosse
apenas uma involução
para apagar erros
para que a memória se remisse
se fosse
apenas uma farsa representada ao vivo
para nos amedrontar
quando já nada fazia sentido
se fosse
uma história com final feliz
para enganar a avidez
e trazer de volta a alma penhorada
***
mas não era
o sol cansava-se da cegueira
que projectava o caos
a guerra dos submundos era agora
era tão só
uma Fénix mulher que renascia
das cinzas da história
soberana e faminta de amor
era tão só
um novo humanismo que repunha
a verdade histórica
livre da peçonha e do histrionismo
era tão só
uma avalancha de ideias vigorosas
recheadas de justiça
numa nova lei orgânica para a vida
era tão só
ponto por ponto a alforria do homem
livre da corrupção
contida nas entrelinhas
era tão só
a Primavera eleita a infinita
sobrepondo a beleza
que as trevas escondiam com astúcia
era tão só
uma gota de azeite e um pavio
que findos os prazos
iluminavam de amor a tanta gente
jrg

05
Mai13

MÃE-MÁTRIA-MÃE

romanesco

**
MÃE-MÁTRIA-MÃE
*
saúdo a mãe natureza
a mãe cósmica
a mãe dignidade de mulher
há na mãe tanta beleza
que às vezes de forma irónica
deixa a mãe tanto sofrer
*
saúdo a mãe tão rebelde
a mãe intransigente
mãe que se insurge pela dignificação
há na mãe uma saudade
dum tempo que em era recente
aquecia o coração
*
saúdo a mãe coragem
a mãe fêmea pura
a mãe sensual de ventre empinado
há na Mátria-Mãe uma miragem
do homem a renascer amor ternura
no meu país tão desgraçado
jrg
20
Abr13

A SALVAÇÃO DUM PAÍS

romanesco

***
A SALVAÇÃO DUM PAÍS
**
o meu país definha
em cada dia do tempo que passa
e ninguém parece ver
um país cercado d'erva daninha
voraz erva tão devassa
que não deixa meu país crescer
*
o meu país não acorda
do sobressalto nem do pesadelo
levado pelo vento à deriva
miga pão e bebe vinho faz açorda
abarca a mentira com desvelo
marca passo à espera da maré viva
*
o meu país está num beco
cuja saída se encontra obstruída
é uma ilha que o mar afunda
sem alma nem esperança um poço seco
à espera da ajuda desvalida
dos poderes insanos onde o ódio abunda
*
o meu país precisa
do ar purificador dum tempo de paz
perene de valores humanos
duma ideia que se torne na mente concisa
ou no coração tanto me faz
desde que livre do arbítrio dos tiranos
*
no meu país de gente boa
é preciso que a palavra esperança
reconstitua orgulho e alegria
de Caminha a Faro passando por Lisboa
encher a alma de confiança
varrendo o lixo do poder em confraria
*
no meu país há quem cante
que almas mortas ou somente moribundas
resvalam da coragem com desânimo
não ganhamos esta guerra senão avante
de peito aberto às barafundas
que ultrajam um povo nobre e magnânimo
*
no meu país há uma rota
ouço tambores que rufam rumo à vitória
assim acreditem os do povo maduro
armados do saber que é hoje a nova frota
a tirania é estúpida sem memória
cerremos fileiras em torno do pensamento puro

autor: jrg
16
Fev13

QUADRAS PENDENTES

romanesco




**
QUADRAS
PENDENTES
**
água ardente
luar de lua
alma nascente
figura nua
*
vento nordeste
curtidor
seco gélido agreste
verga flor
*
terra argilosa
barrenta
mulher amorosa
vida sangrenta
*
fogo fertilizante
cinza solar
amor humanizante
corrente de ar
*
poder tempo cósmico
razão que se solta
liberdade grito afónico
d'alma em revolta
*
aura d'esperança
alegremente
só risos de criança
dão semente
*
que o mar espalha
se náufraga
o humanismo encalha
na deriva sôfrega
*
tempestade ciclónica
amarra partida
vacuidade histórica
sem volta nem ida
*
arde sobre o medo
vulcanizado
não há mais segredo
de fogo cruzado
*
sopra brisa amena
doce e fresca
aviva o fogo acena
à vida burlesca
*
antro dos ladrões
covil de hienas
abutres vampiros leões
vestidos de penas
*
força de mulher mãe
mátria de amor
feliz ser que se mantém
acima da dor
autor:jrg
14
Fev13

REVOLUÇÃO

romanesco
foto pública tirada da net

*
REVOLUÇÃO
***
cansado de viver sem beira
ocupei um monte ermo
junto às águas dum ribeiro
já o sol varria a eira
lancei sementes sem termo
despedi-me do rendeiro
*
de barraco fiz abrigo
roubei galinhas deu pintos
dispus flores legumes
a pensar nos meus amigos
guardei brancos e tintos
para acender outros lumes
*
cuidei das árvores de fruto
aceitei cabras leitões
troquei favos por saladas
não mais vesti de luto
nem nos poemas as lesões
mancharam alvoradas
*
tão velho mas perseguido
por governo de ladrões
moído de terror indignação
rejuvenesci combalido
salvei alma perdi milhões
ganhei paz no coração
*
construi meu mundo novo
sob governo do tempo
que não m'onera d'impostos
sou eu poder eu povo
sem medo à chuva ao vento
livre de tais desgostos
*
jrg

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