REMOS SÃO RUMOS DA VIDA
os remos que impelem o bote
tão passivos quando inertes
não têm vida nem morte
são o rumo que lhes impeles
são força de vontades e mestria
de homens tenazes de mãos rudes
são memórias de barbatanas que havia
num tempo ainda antes dos Mamutes
mergulham na água mansa do rio
motores possantes ou indolentes
aquecem a alma do agreste frio
traçam rotas cortam correntes
lembro os remos das galés
e outros bem mais recentes
castas de nobres e das ralés
condenados sem apelo ou inocentes
ou numa família feliz
num dos lagos da cidade
o remo nas mãos de um petiz
que me lembra outra idade
autor: JRG