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BIOCRÓNICAS

CRIAR BIOGRAFIAS OU CRÓNICAS ROMANCEADAS DE PESSOAS OU EMPRESAS

BIOCRÓNICAS

CRIAR BIOGRAFIAS OU CRÓNICAS ROMANCEADAS DE PESSOAS OU EMPRESAS

23
Jun11

L U Z !...

romanesco

{#emotions_dlg.sol}{#emotions_dlg.fallingstar}{#emotions_dlg.lua}

LUZ...

{#emotions_dlg.redflower}

a luz do sol quando esbate na ravina
e solta um reflexo rutilante
aviva nas flores a cor da purpurina
realça a  paisagem deslumbrante

*

a luz da lua cintila sobre as águas
ondula expande e aprofunda
o pensamento que rasga tréguas
no mar da vontade que nos inunda

*

a luz da alma no corpo resplandece
acarinha de amor com ternura
o corpo quando o dia sol e lua amanhece
no despertar do sonho a aventura

*

a luz dos teus olhos que são meu guia
nela me revejo aos espelhos
desde que me chamaste de amor um dia
sentada sobre meus joelhos

*

a luz do amor que te me encandeia
quando teus lábios se mexem
nela me enredo em densa e fina teia
que nos corações as almas tecem

*

a luz das estrelas tão palpitantes
ampliam sonhos fantasias
como os teus seios em mim arfantes
emitem toques de arritmias

*

a luz longe que o teu corpo irradia
um sorriso no seio da multidão
solta de mim a tempestade da maresia
e a energia abrupta dum vulcão

*

autor:jrg

19
Jun11

O PAÍS ONDE EU NASCI !...

romanesco
O PAÍS ONDE EU NASCI
«««//»»»
*
o país onde eu nasci e habito
tem um clima saudável
ainda que um povo bem triste
sempre queixoso do árbitro
gente humilde tão prestável
que à pobreza resiste
fazendo do pobre erudito
*
o país onde eu nasci e sou vivente
tem o mar por horizonte
serras e vales deslumbrantes
um povo inteligente
mesquinho se lhe vão à fonte
iroso com os farsantes
amigo de quem na alma o sente
*
o país onde eu nasci em crescendo
tem elites medíocres
educadores sem brio nem ambição
sabem de tudo não conhecendo
são da eficácia predadores
promulgam o caos como evasão
são seres absolutos não sendo
*
o país onde eu nasci e sou pensante
tem uma história um destino
se humildemente reconhecer seus valores
se almejar de si próprio ser amante
desbravar na consciência o feminino
que é o criador dos seus amores
talvez se continue e vá avante
*
o país onde eu nasci e me feneço
tem a liberdade limitada ao capital
gente que vive entre o desespero e a esperança
se penso assim é porque não esmoreço
ainda que o abismo pareça ser fatal
renasço em cada sorriso duma criança
faço por ser aquele que não pareço
*
o país onde eu nasci e sou amante
é velho anquilosado e sem vergonha
paga a quem copia a vida quase de graça
promulga a criação como aviltante
quando alguém propõe erradicar toda peçonha
agarra que é ladrão se a nossa sorte traça
no baixio da maré sendo vazante
*
o país onde nasci e vou em breve morrer
de mal dizer é protestante e laico
embrulhado numa história de invertidos valores
amotinado quando se trata de fazer
ergue-se das ruínas do mesmo modo prosaico
com que se humilha perante seus tutores
só me resta já olhar d'além o que vai acontecer
*
autor jrg
16
Jun11

ESCRITOS À MARGEM DA GUERRA !....ARMADILHAS !!!

romanesco
«««///»»»
*
porque me escolhias
sempre eu e não um outro
eu que te dissera
sou pacifista
que me esforçava por sobreviver
à violência
nas entranhas da guerra
posto do lado de fora
pela consciência?...
*
no silêncio
apenas os mosquitos
a respiração suspensa
os fios de ligação
à espoleta de falsa segurança
as árvores milenares
e olhos de animais absurdos
espiando os movimentos
dos dedos em volta da granada
*
hoje penso
na similitude fantástica
dos que tecem a armadilha da noticia
o mesmo carácter desviante
o inimigo é o homem
os fios invisíveis que se ligam
que ferem e matam
quando despoletam a figura da bomba
feita de palavras
*
uma granada suspensa
dum lado e do outro do caminho
dissimuladas entre a folhagem
e um fio de morte por entre o restolho
de pétalas vencidas
o gesto preciso o coração em pausa
pé atrás retirar não tocar nada
ele agarra o fio... vai... diz
e segue-me de olhos fixos
*
ali fica a linha fatídica
à espera que nela tropecem
um homem uma mulher uma criança
saídos da sombra da floresta
confiantes da terra a sua que pisam
uma gazela um macaco
ouvia-se o estrondo no recato do quartel
iam ver
se era gazela traziam para comer
*
hoje penso
as palavras orquestradas
urdidas no enlace dos enredos
de caso forjados
no seio de interesses contraditórios
que visam eliminar os mais audazes
que lhes cruzam os caminhos
onde se aninham
medíocres sem chama nem brilho
*
porquê então eu
companheiro de tanta desventura
a pesar-me a consciência
a marcar-me como um ferrete indelével
a morte de alguém por indigência
minha tua
e tu dizias como se nada fosse
porque és calmo... só confio em ti
na ignóbil dimensão humana em que nos acho
*
autor: jrg
13
Jun11

LONGEVIDADE !...

romanesco
«««//»»»
*
há quanto tempo, meu amor?
murcharam flores antes viçosas
secaram plantas ervas daninhas
as águas dos rios pararam
as aves que pousavam na janela
fizeram ninhos nas ramadas
em frente onde te sonho acordada
*
o tempo passa ao de leve
pelo corpo há tanto adormecido
amar-te é tão ou quase a dimensão
do infinito em que adeja o pensamento
a alma o amor a angústia
onde nos somos prisioneiros
fiéis ao preconceito do ser nosso
*
se fossemos nada de ninguém
e nos caminhássemos suspensos
permissivos às mudanças que na mente
ateiam chamas derretem medos
espantam o alarido do silêncio
e nos percorrem todos os sentidos
em busca dos segredos que não há
*
aquela andorinha tão negra
demora o ninho que traz no ventre
verte sinais ou marcas dum outro vento
emite sons subtis no voo rasante
vagabunda do ar entre estações
sempre que pousa és tu olhar
mulher suprema de mim amante
*
visito os locais por onde passas os dedos
taças de cristal sorrisos oblíquos
de onde te roubo em beijos as cerejas
que teimas em prender entre os lábios doces
preso eu de em ti desde a magia de sentir
amor onde tu de em mim florescemos
erva daninha eu talvez na tua sombra
*
há quanto tempo meu amor?
quantas voltas a Terra deu sobre si própria
e em torno do Sol quantas tantas?
os nossos corpos rolaram pelos abismos
d'além e d'aquém onde a meio da noite amanhecemos
na mesma posição pernas abraços sexos
e os cheiros ah... os cheiros...
*
a esperma fluidos suores flatulências
numa mistura fantástica que nos deprime
porque nos faltam as forças mas resistimos
entre flores e ventos de marés
porque exigimos da memória a retoma da vivência
desde o tempo em que paramos de morrer
viajantes sem rumo...à vista
autor:jrg
10
Jun11

HOJE É DIA DE PORTUGAL!...

romanesco

 

{#emotions_dlg.gay}

«««//»»»

*

já foi dia da raça
 movimentou paradas militares
 discursos de exaltação
 a iluminar desígnios como quem traça
 caminhos preliminares
 que elevam o povo humilde da nação
 orgulhoso em forma de desgraça

*

hoje é dia de Portugal
 não já só império mas um mundo
 de comunidades disseminadas
 por onde a palavra insidiosa frugal
 aviva o desejo mais profundo
 de elites convulsivas amedrontadas
 que lhes sequem onde medra o pantanal

*

a minha condecoração
neste dia de pretenso orgulho nacional
 vai para aquela mãe envelhecida
 que se entrega inteira d'alma e coração
 se endivida olhos no chão na luta desigual
 para salvar o filho em cada recaída
 antes que droga ou morte apague sua paixão

*

a minha condecoração
 vai para aquela mulher vitima dos conceitos
 que geram contra ela infinita violência
 ornada para enfeite do ódio em gestação
 desde que nasce para ser de amores perfeitos
 que aviltam a sua consciência
 e a condenam à mais vil submissão

*

a minha condecoração
 neste dia da oratória banal cheia de recados
 vai para o vagabundo sem rumo
 que nos olha sopesando a nossa dimensão
 de nós altivos a coberto do medo desassossegados
 envolvidos num ter efémero que cai a prumo
 de que somos o modelo em extinção

*

a minha condecoração
 vai para o amor sem limites dos amantes
 que não sendo um país são a alma humana inteira
 a que faz do silêncio a sua projecção
 a que se indigna por ser o isco dos tratantes
 porque amar é ser maior que a comenda
 no brilho onde o espavento marca a distinção

*

hoje é dia de Portugal e da poesia
 porque é de Camões a epopeia que cava o drama
 onde navega e naufraga este país
 não há arrais que saiba marear toda a maresia
 todos de terra como então tecem a trama
 não há na natureza quem abjure assim sua raiz
 até que alguém nos cale por heresia..

 

autor: jrg

05
Jun11

TODOS OS ANOS...OS ANOS !...

romanesco

«««//»»»

lembro-me de quando fazia anos...
a magia no desembrulhar das surpresas...
as mãos tantas vezes vazias...
as palavras que limitavam os danos...
os olhares que apagavam tristezas...
a alma exuberante de fantasias...

*

lembro-me os dias de fazer anos...
os castelos de areia desfeitos no mar de maresia...
os sonhos de crescer em cada pesadelo...
a mente a estalar pelos desenganos...
as sobras dos anos que um outro fazia

os brinquedos de lata ou de pau singelo...

*

lembro-me de quando fazer anos
era uma marca efémera de ser menino
os doces a roupa estreada ser maior crescer
perdidas desculpas pelos erros humanos

és grande quase um homem e tão pequenino

trabalhar estudar deus pátria família a ceder

*

hoje por minha própria vontade
não quero fazer anos lembrar que cresci
sou apenas um momento breve de que guardo memória
para quem me sentiu sou mera saudade
do tempo a que me ajustei e nele me perdi

à deriva dos ventos à mercê dos ecos da história

*

porque todos os dias há uma efeméride
que assinala cada movimento na descoberta de existir
um manifesto de amor
sou sendo centro de gravitação dum asteroide
que me atrai de encontro às partículas do devir
adejando sobre sensuais pétalas de flor

*

jrg

04
Jun11

O VOTO...A REFLEXÃO...VOTAR!...

romanesco

O VOTO...A REFLEXÃO...VOTAR!...

***//***
estou no final desta enorme confusão
dizem que o voto é uma arma de arremesso
mas sendo eu pacífico não voto contra ninguém
voto a favor do projecto que me toque o coração
na esperança dum humanismo que conheço
onde a paz e o amor não se diluem
*
desde há seis anos o ódio em crescendo
debitando insulto e calúnia sobre um homem só
na minha consciência tão violentada
cresce um sentimento novo na alma apetecendo
ao sentir que a brisa levanta todo pó
que assenta nos sofistas como luz na madrugada
*
penso na utilidade de votar em prol da esperança
sem certezas mas convicto da maturidade
dum jardim onde rosas vicejam nas pétalas aromadas
passo ao lado dos que clamam vingança
olho de frente os que se aliaram à ignara castidade
e vejo um homem que sorri às farpas afiadas
*
"
eu que fui contra :
»
_a extinção dos povos Incas
por pura ganância de ter riqueza
»
_a destruição dos segredos guardados na torre mítica de Babel
por pura ignorância da barbárie sedenta de poder
»
_a razia maciça da Amazónia e seus autóctones
por pura abstracção de inteligência
»
_a deflagração da bomba de Hiroshima
por puro desespero de quem se arroga o direito de vencer
»
_a mortandade das gentes Africanas
por pura estratégia das divisões neles induzidas
»
_o genocídio de Judeus Croatas ou Palestinianos
por pura arrogância e aventura das consciências
»
_a morte de Francisco Sá Carneiro
por pura denegação aos seus princípios e valores
»
_o abate de Sadam como acto final dum espectáculo deplorável
por pura vingança dos seus criadores de conveniência
»
_o terrorismo lançado contra Ossama, em directo
por puro silenciar da conspiração de outras mentes criminosas
»
_a condenação de Damião de Góis e os livros queimados na fogueira
por puro medo de concepções religiosas já então obsoletas
»
-a guerra colonial Portuguesa e a história idílica das descobertas
por pura sonegação dos direitos de humanidade
»
_a ditadura..todas as ditaduras...
por pura colectivização do pensamento
»
_a perseguição...o ódio intolerante a José Sócrates
por pura insolvência de ideias das mentes e interesses que ele afrontou
"
*
reflecti sobre a tragédia humana
que neste fim de mundo me e nos acontece
a ver gente erudita cheia de certezas
porque sou do amor a paz que dele emana
porque acredito que o sendo é a catarse
olhei as doces rosas e votei nelas tão surpresas
*
autor: jrg

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